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Empresas envolvidas na Copa do Mundo podem ter isenção tributária
Os projetos de lei do Executivo que darão isenções tributárias e de taxas alfandegárias a empresas envolvidas na Copa do Mundo de 2014 estão sendo finalizados, de forma que devem ser enviados para apreciação do Congresso nos próximos dias.
Karin Sato
Os projetos de lei do Executivo que darão isenções tributárias e de taxas alfandegárias a empresas envolvidas na Copado Mundo de 2014 estão sendo finalizados, de forma que devem ser enviados para apreciação do Congresso nos próximos dias.
A afirmação, de acordo com a Agência Câmara, foi feita pelo chefe da Divisão de Estudos Tributários e Assuntos Estratégicos da Receita Federal, Augusto Carlos Rodrigues da Cunha, durante uma audiência pública realizada na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle sobre os preparativos para a Copa.
Ele explicou que uma das preocupações do governo é evitar que as facilidades concedidas às empresas envolvidas na Copa do Mundo permitam a lavagem de dinheiro. Além disso, segundo ele, os contratos com a Fifa permitem ao governo brasileiro tributar até 10% da venda de ingressos e do serviço de hospedagem.
O coordenador-geral interino de Tributação da Receita Federal, José Aparecido Conceição, por sua vez, afirmou, na ocasião, que as isenções são amplas e envolvem a Fifa e algumas empresas que a entidade indicar.
O exemplo da Alemanha
O deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) lembrou que a Fifa obteve um lucro de 800 milhões de euros na Alemanha, cifra que equivale a R$ 2,4 bilhões.
Como resposta, o chefe da Divisão de Estudos Tributários do Fisco disse que o governo analisou os contratos fechados na Alemanha e notou que o país não abriu mão de cobrar imposto de renda na fonte nem imposto sobre consumo. No caso brasileiro, entretanto, o governo não poderá cobrar imposto sobre os lucros da Fifa, o que está previsto nos contratos assinados com a federação .