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Micro e pequena empresas ajudam a alcançar melhor taxa de emprego do ano, em julho
Elas foram responsáveis por 80,3% do total de empregos formais criados; as médias e grandes empresas demonstram recuperação
O mês de julho fechou com a criação de 138.402 empregos líquidos, uma expansão de 0,43% sobre o número de trabalhadores contratados com carteira assinada do mês anterior. Este é o melhor resultado mensal para o ano de 2009. Desse total de empregos, 80,3% (111.169) foram gerados pelas mais de seis milhões de micro e pequenas empresas formais do País. As médias e grandes empresas responderam por 19,7% do saldo de empregos no mês.
Após um início de ano com consecutivos saldos negativos entre admissões e desligamentos, principalmente por parte das médias e grandes empresas, os últimos meses apontam para uma tendência de recuperação na criação de empregos no País. Para o analista do Sebrae, Emanuel Caloête, “já existe um movimento de recuperação”.
A trajetória das admissões e desligamentos no mercado formal de trabalho brasileiro vem sendo acompanhada pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional, desde dezembro de 2008.
Em julho, as microempresas foram responsáveis pela geração de 105.029 mil empregos formais. As pequenas empresas, que empregam entre 20 e 99 trabalhadores cada uma, apresentaram um saldo mais tímido, com 6.140 novos postos de trabalho. As médias e grandes empresas, ao contrário dos meses anteriores, apresentaram contratações líquidas de 27.233 funcionários formais.
Desde quando começou a crise financeira internacional as micro empresas brasileiras mostraram-se resistentes às demissões. É possível perceber isso ao se analisar o quadro evolutivo na geração de postos de trabalho a partir do mês de fevereiro: 71.019 (fevereiro), 56.308 (março), 87.344 (abril), 119.882 (maio), junho (114.957) e 105.029 (julho). Assim como as médias e grandes empresas, as pequenas empresas passaram também a reagir positivamente a partir do mês de maio, sendo o número de admissões superior ao de demissões.
Expansão dos setores
O desempenho de julho consolida o processo de recuperação do emprego formal apurado nos meses anteriores e corresponde ao mesmo patamar de geração de empregos observado nos meses de julho dos últimos seis anos (2003 a 2008), cuja média atingiu 140.218 postos de trabalho. Essa recuperação originou-se da expansão de todos os setores da atividade econômica. Em termos absolutos, os que mais colaboraram para o resultado foram: Construção Civil (23,3%), Agricultura (21,3%), Serviços (20%), Comércio (19,8%) e Indústria de Transformação (12,5%).