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Humanização da Gestão: O cuidado com as pessoas e os resultados em tempo de home-office
Em um cenário ainda volátil, empresas de grande e médio porte já estão realinhando o seu planejamento estratégico atual com um olhar não apenas para o segundo semestre de 2020, mas para 2021. Um dos desafios do novo cenário será desenvolver competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) para a adaptação às demandas sociais sejam elas de saúde, culturais ou profissionais, como, por exemplo, a realização de atividades em home office ou híbridas (escritório e casa).
Focando no aspecto do trabalho, cabe destacar que a passagem do time do espaço corporativo para o home office não pode ser vista de forma automática ou de baixa complexidade. Investir em equipamentos, móveis e cadeiras confortáveis para os colaboradores é apenas uma ação a ser desenvolvida pela empresa.
Mas para além disso, deve-se criar um planejamento com foco na adaptação dos processos, mudança de modelo mental e valorização das Soft Skills (habilidade comportamentais) da equipe. Levando em consideração que apesar de receber toda infraestrutura por parte da empresa, o mesmo não está sendo possível no que tange a realidade da vida privada (acumulo de tarefas domésticas, atenção aos filhos, apoio pedagógico, relacionamento conjugal, entre outros).
Nesse contexto, a construção de um novo modelo mental de gestão das organizações que alie tecnologia e humanização será um dos alicerces para o êxito das metas e resultados de qualquer negócio. Os hábitos individuais e coletivos, já aplicados para aumentar a eficiência e a produtividade do trabalho, devem passar por um processo de análise, viabilidade e equilíbrio nos âmbitos da vida privada e profissional. Assim, podem surgir novos hábitos e outros serão adaptados – ou até mesmo perderão o valor.
A criação de novos costumes no ambiente home office irá exigir atenção especial dos gestores, já que terão de recriar modelos de análise em relação a temas como: quantidade de horas trabalhadas por dia; regras de interrupções e gargalos; Kpis de produtividade individual e da equipe; normas de segurança da informação; posturas e comportamentos; entre outros.
Assim, uma estratégia nesse momento, é a criação de uma cultura digital com foco na mudança de mindset individual e da equipe. O investimento no desenvolvimento de soft skills, como equilíbrio emocional, meditação, atitude colaborativa, flexibilidade, interatividade e comunicação assertiva são exemplos que podem ser desenvolvidos nesse momento de transição.
A valorização da pessoa pode ser entendida como uma atitude positiva por todos os colaboradores em um momento em que ocorre a elevação da tecnologia e da inteligência artificial. É uma ação que poderá diminuir ruídos e gargalos, facilitar novas aprendizagens e estimular o desenvolvimento de hábitos necessários para o desenvolvimento das pessoas e da organização.
A área de recursos humanos tem papel fundamental com esse planejamento, já que será responsável pela execução do plano de ação e da estratégia de disseminação da cultura digital de forma interativa para todos as áreas da empresa. O plano de ação pode ser desenvolvido por trilhas, contendo: diagnósticos socioemocional e técnico das equipes; práticas e atividades a serem desenvolvidas; cronograma de execução; e indicadores de monitoramento e avaliação individual e coletivo.
O importante nesse momento é a valorização da resiliência, da empatia e da comunicação no relacionamento com as pessoas, pois elas são o principal atributo de valor das empresas.