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Dez razões para planejar o seu negócio
Ainda que o planejamento seja visto como ameaça por muitos, planejar é essencial para a prosperidade e a sobrevivência do negócio.
É fato que boa parte das empresas nunca teria saído do papel se as perspectivas de seus respectivos criadores fossem baseadas apenas em planejamento. Ao contrário do que se sabe, a maioria delas surgiu com base em pouco planejamento, se é que houve algum.
É o caso da Apple, da Honda, da IBM, da Microsoft, da Sony, da 3M e da The Body Shop, entre outras, que são frutos da vontade inequívoca de seus fundadores, de prosperar a qualquer custo, com base em erros e acertos cometidos alo longo do caminho, até a empresa ganhar corpo e se consolidar.
Quando Masaru Ibuka fundou a Sony (antiga TTK - Tokyo Tshushin Kyogu), em 1945, com o impressionante capital de pouco mais de 500 dólares, não tinha nenhuma ideia específica de produto. Ele e seu pequeno grupo de sete funcionários fizeram uma sessão de brainstorming para decidir quais seriam os produtos.
Segundo Akio Morita, que entrou na empresa pouco depois da sua fundação, aquele pequeno grupo se reunia em conferências e, durante semanas, tentaram descobrir em que tipo de negócio a empresa poderia se aventurar para ganhar dinheiro.
Eles consideraram uma série de possibilidades, desde sopa adocicada de creme de feijão até miniaturas de equipamentos de golfe e réguas de cálculo. A primeira tentativa de produto da Sony, uma simples panela elétrica para fazer arroz, não funcionava direito e o seu primeiro produto significativo, um toca-fitas, fracassou no mercado.
Por que as empresas, em geral, não planejam?
Existem várias razões, ou justificativas, para as empresas não se planejarem, dentre as quais, pode-se destacar:
1. Questão cultural: de alguma forma, a empresa sempre ganhou dinheiro e, por conta disso, não se acostumou a planejar; na prática, até o momento, ninguém considerou necessário. Frase típica: “em time que está ganhando não se mexe”;
2. Questão de orgulho: seus membros, familiares ou não, foram favorecidos pelas circunstâncias – mercado, planos econômicos, oligopólio, país em crescimento etc. – ao longo do tempo. Frase típica: “eu sei o que estou fazendo”;
3. Zona de Conforto: o planejamento impõe mudança de cultura, principalmente, dos executivos seniores da organização. Mudar, agir, crescer, lidar com pessoas, tudo isso gera desconforto e são poucos os que estão dispostos a investir tempo e energia para isso. Frase típica: “não precisamos disso”.
Eu poderia mencionar também a “questão ignorância”, no sentido literal da frase, ou ausência de conhecimento, entretanto, isso não serve mais de justificativa para empresários ou empreendedores, seja qual for o tamanho da empresa. No mínimo, pode-se pedir ajuda ou consultar a vasta literatura disponível sobre o assunto.
Por que as empresas precisam de planejamento?
De início, tenha em mente o seguinte: pode-se começar uma empresa com pouco ou sem qualquer planejamento. Entretanto, a partir de determinado ponto será praticamente impossível mantê-la competitiva no mercado sem planejamento.
Como me disse certa vez o Prof. Oriovisto Guimarães, CEO do Grupo Positivo, em Curitiba “chega um momento em que você não tem mais domínio da situação e, então, é necessário mudar antes que mudem você”.
Nesse sentido, o planejamento se faz necessário. Por um lado, a ferramenta ajuda o empreendedor a concentrar a sua atenção no negócio e, especificamente, na necessidade de fazer investimentos para revitalizar a empresa. Por outro, garante que os colaboradores reconheçam a necessidade de manter o comprometimento e o foco para as questões mais relevantes para o negócio.
Quando levado a sério, o planejamento pode proporcionar mudanças incríveis para as empresas. Por experiência própria, relaciono a seguir as dez razões principais pelas quais o empreendedor deve adotar uma postura diferente em relação a isso.
Planejamento:
1. Amplia a capacidade de entendimento do negócio e reduz as especulações improdutivas sobre o que está acontecendo;
2. Permite analisar com mais frequência os pontos fortes e fracos e também as ameaças e oportunidades para que se descubra a necessidade da mudança;
3. Aumenta a capacidade do empreendedor para alcançar objetivos por meio da organização das ideias;
4. Confirma algumas hipóteses e questiona outras que devem ser ajustadas com o passar do tempo;
5. Ajuda a preservar recursos importantes;
6. Estimula a empresa a competir e a manter o foco no negócio;
7. Contribui para preservar o negócio sem a dependência dos sócios principais;
8. Comunica e dissemina a estratégia por toda a empresa;
9. Permite o alinhamento das metas gerenciais, operacionais e pessoais à estratégia principal;
10. Proporciona o feedback necessário para aprofundar o conhecimento da estratégia e aperfeiçoá-la.
Em planejamento, o importante é começar. Dê o primeiro passo com fé e, depois de um tempo, com a melhoria dos resultados, não saberá mais viver sem ele. Ainda que seja visto como ameaça por muitos, planejar é essencial para que o negócio prospere e, sobretudo, sobreviva por várias gerações.
Pense nisso, empreenda e seja feliz!