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Dólar avança 2,4% e fecha a R$ 1,7715, quebrando sequência de oito quedas
Além do movimento corretivo, a moeda foi pressionada também pelo aumento de aversão ao risco que tomou conta do mercado nessa primeira sessão da semana.
Ampliando seus ganhos até o fechamento do dia, dólar comercial fechou a segunda-feira (17) com alta de 2,40%, cotado a R$ 1,7715 na venda, quebrando uma sequência de oito quedas consecutivas, quando acumulou perdas de 8,56% nesse período. Além do movimento corretivo, a moeda foi pressionada também pelo aumento de aversão ao risco que tomou conta do mercado nessa primeira sessão da semana.
Por aqui, uma das principais referências foi a divulgação do Relatório Focus pelo Banco Central, que mostrou redução de quase todas as projeções, inclusive no PIB (Produto Interno Bruto) para fim do ano. Outro dado que influenciou nesta sessão foi a balança comercial, que atingiu um superávit de US$ 304 milhões na 2ª semana de outubro, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento.
No front externo, o aumento de aversão ao risco fortaleceu o dólar, que por ser um investimento tido como seguro, tende a avançar nessa situação. A principal referência foi a declaração de um porta voz da chanceler Angela Merkel, que assinalou que é um sonho conseguir edificar um pacote de ajuda até segunda-feira e que esta missão não poderá ser cumprida.
O porta voz fez referência ao pedido, deste final de semana, dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das nações do G-20 para que seja apresentado no próximo domingo um plano concreto de combate à crise, quando ocorrerá o encontro do Conselho Europeu.
Na pauta econômica, os investidores acompanharam apenas os dados do setor industrial norte-americano, com a produção marcando alta de 0,2% em setembro, resultado em linha com as projeções do mercado. Já a capacidade industrial utilizada atingiu 77,4%, também em linha com as expectativas.
Dólar comercial, futuro e Ptax
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7700 na compra e R$ 1,7715 na venda, forte alta de 2,40% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta alta, o dólar acumula desvalorização de 5,85% em outubro, frente à alta de 18,11% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 6,32%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em novembro segue o dia cotado a R$ 1,777, forte alta de 2,36% em relação ao fechamento de R$ 1,736 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em dezembro, por sua vez, fechou em forte alta de 2,40%, atingindo R$ 1,790 frente à R$ 1,748 do fechamento de sexta-feira.
Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,7488 na venda, alta de 0,64%.
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7525000.
FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,35 para dezembro de 2011, 0,21 ponto percentual abaixo em relação ao que foi registrado na sessão anterior.